Valor Econômico relata que o pilar da capitalização na reforma do sistema público de aposentadorias vai levar o mercado a criar produtos simplificados e mais acessíveis para o trabalhador brasileiro. E se a regulamentação prever que quem for para esse regime não possa fazer resgates no meio do caminho, será possível ter planos mais eficientes e com custos menores do que os atuais. A lógica é que o bolo poderia crescer progressivamente antes de começar a pagar benefícios de fato.

Na previdência complementar, embora o investidor seja penalizado pela tributação por saques em período inferior a dez anos, é possível tirar o dinheiro depois de 60 dias da contratação de um PGBL ou VGBL. Na proposta de reforma enviada ontem pelo governo ao Congresso, entre as principais premissas do sistema de capitalização está a livre escolha, pelo trabalhador, da entidade ou modalidade de gestão das reservas, e com portabilidade. Valerá para aqueles que ainda vão ingressar no mercado de trabalho e só quando a reforma estiver aprovada, bem como a legislação complementar.

Segundo um executivo ligado à área de previdência de um grande conglomerado financeiro, as instituições financeiras que oferecem planos de previdência tendem a abarcar um público que hoje está fora do seu radar, já que a escolha da capitalização será voluntária e alternativa ao sistema de repartição. A popularização dos planos deve passar por estratégias de educação financeira para a construção de reservas de longo prazo e também por uma revisão de custos.

‘Vai ter uma forma de entrada mais baixa, um preço mais adequado pela distribuição, além de acesso simplificado à informação.’ Uma questão a ser esclarecida, porém, é se vai ser possível fazer resgates ou não antes da aposentaria.

‘Se não tiver esse tipo de flexibilidade porque é uma aposentadoria social e só permitir a portabilidade, então por um tempo só entra dinheiro no mercado, um ritmo de crescimento de receita que permite ter estratégias muito mais complexas pelas características de longo prazo. Sem a necessidade de liquidez, isso me permite fazer gestão mais inteligente dos recursos, alcançar melhores retornos.’

Fonte: Sindicato das Empresas de Seguro e Resseguros SP

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